Existe uma infinidade de concepções acerca do ser humano e uma em particular vale a pena ser observada. O homem em toda a sua extensão pode ser analisado sobre a seguinte ótica:
Temos três corpos distintos:
O corpo mental
O corpo astral
O corpo físico
Cada qual está relacionado diretamente com um plano específico de existência e por esse mesmo motivo interfere e é interferido pela mesma. Sendo assim as criações do plano mental causam repercussões no plano mental maior e por força da natureza recebem de volta na mesma intensidade uma carga do plano maior para o menor. Isso observa-se em cada um dos corpos. No entanto o que mais confunde nessa forma de observar o humano é que na realidade essa divisão não é restritiva. Ela não separa de fato o ser humano em três pedaços, mas sim exemplifica a natureza humana em três partes para entendermos o todo. Sendo assim uma alteração no plano mental causa portanto uma carga não somente nele, mas em toda a unidade humana. Por isso circunstâncias próprias do psiquismo humano causam tensões no corpo denso ao ponto de virem a ser perturbações que exigem a ingestão de medicamentos para saná-las ou aliviá-las. Isso demonstra portanto que o ser humano, de um modo geral, vive de forma insensata com ele mesmo ao relevar problemas de cunho psíquico ou sentimental no intento de demonstrar que o físico não será afetado.
No entanto cada um desses corpos podem ser desenvolvidos “separadamente”, se o indivíduo assim quiser. Ele ao trabalhar a atenção a determinadas gamas de frequencias restringe a atuação humana do todo para as partes, sendo qualquer parte desejada. Assim temos as sensibilidades de um modo geral demonstradas por místicos, religiosos, intelectuais, atletas, etc., que por intermédio de seu foco fortalece mais um corpo do que o outro. O que, para sublinhar a questão, não significa que os outros deixam de existir, visto que é impossível de fato dividir o humano literalmente. Causando assim, para todos os tipos humanos experiências específicas devido a sua área de atuação/atenção.
Partindo desse pressuposto o ser humano vulgar é um individuo que facilmente sente-se incompleto perante sua natureza maior. O que pode causar, não necessariamente causa, uma angústia diante da vida. Vida essa que se desenvolve sempre nos três planos e nunca num só.
Sendo assim existem várias correntes filosóficas que procuram demonstrar para o ser humano esse fato. Levando-o posteriormente a uma busca dessa unidade tríplice em sua essência, mas sempre uma unidade.
Ao buscar isso o ser humano enfrentará desafios relacionados a cada um dos planos, pois nada é dado ao homem que não se esforça para alcançar. Isso leva a um aforisma muito conhecido no ocultismo: conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses. Esse aforisma demonstra que uma identidade parcial, ou incompleta, “desconhecida”, é incapaz de compreender a circunstância que o circunscreve. É limitado enquanto ser vivente, e devido a isso vivenciará a realidade de forma limitada na mesma proporção.
Mas tolo daquele que se afobar nessa empreitada. Não adianta pular degraus nesse quesito. O ser humano nunca será completo de fato enquanto encarar a si e a tudo como uma experiência típica somente dos sentidos físicos. O que poderá levar portanto a uma necessidade de quebra de paradigma. E para que isso ocorra é necessário: experiência; observação; atenção; intuição; assimilação.
S.O.Q.C.