Já tantas e tantas vezes me atrevi a insistir nessa questão e ainda não me vejo claro o suficiente. O que se processa como o espaço entre as ideias que temos e a ação que tomamos é vista tendo um separador de fato e ai está o ponto(problema) em que tanto insisto em avaliar.
Numa situação ideal podemos pensar que todas as ideias que se tornam ações são na verdade tais ações atuando em outro nível ainda. Como um bebê que ainda engatinha para depois vir a andar e correr. O que separamos pelos nomes ideia e ação na verdade é uma coisa só. Vamos chamar isso de ENT (entidade). Esse ENT é a fagulha que nos faz primeiro(aparentemente) pensar (mesmo que pouco) para depois vir a agir. E para entender esse ENT é preciso pensar que as ideias tem peso e força e são "algo" independente da nossa existência.
Uma ideia muito interessante a esse respeito é a de que boa parte do que pensamos não são pensamentos ou ideias provindas exclusivamente de nós. Significa dizer que parte dos nossos pensamentos vem de fora, sejam por meio das coisas que lemos, escutamos, interagimos ou por pensamentos soltos no espaço, ideias vivas dos ambientes, ideias de outros seres deste ou de outro plano. Esse pensamento deixa bem claro o posicionamento geral do texto, mas não termina aqui.
Uma imagem interessante que ajuda a configurar esse pensamento é a de aglomerados. Imagine vários aglomerados espalhados por ai. Bolhas de energia, que na verdade são energias psíquicas, são ideias. Elas estão no mesmo plano de ação da mente e portanto trafegam por ai sem sofrerem as regras do plano de cá, da física de cá. O que não significa que não existam regras. Lá estes aglomerados também precisam de uma âncora para permanecerem aonde ficam, senão ficarão soltas no espaço trafegando pelos ambientes mais propícios ao seu tráfego. Essas âncoras somos nós, ou qualquer ser que se valha da ideia.
Mas uma ideia não precisa de um cérebro para agir? É provável que essa pergunta esteja só parcialmente certa. Uma ideia para ser desenvolvida precisa de todas as condições cognitivas que o órgão cerebral nos dá poder. Portanto o ENT independe de nós, mas o seu desenvolvimento precisa dos órgão cerebrais. Sendo assim os animais também catam os ENTs soltos, mas a digestão deste é particularmente distinta da que nós somos capazes de executar. Além disso os corpos de cada ser implicam em ações na realidade física de um modo limitado específico das espécies em que se observe. Mas se formos mais além o cérebro é um órgão que nos dá poder sobre o ENT, mas o ENT pode vir a interferir no ser independente do cérebro. E isso leva a um pensamento curioso a respeito do fato que também somos ENTs. Também somos ideias materializadas. Não só nós, humanos, mas todas as coisas são ENTs que com sua assinatura(identidade/frequência específica) vem para o plano das causas segundas e toma forma dentro das leis aqui de um modo específico.
Portanto o ENT existe independente de significados. Na verdade os significados são dependentes dos ENTs existirem visto que tais ENTs são a real existência de todas as coisas.
Uma coisa que ajuda bastante pensar sobre isso é o Caibalion. Quando é dito: "O TODO é mente o Universo é Mental". Isso auxilia na compreensão de parte do problema.
Se continuarmos com a análise vamos acabar chegando no ponto onde perguntaremos, e o espírito? Para mim ENT e espírito compartilham das mesmas características, só que o ENT é uma ideia, é a força motora por trás da existência do espírito. Então não há erro em pensar nesses ENTs como espíritos, mas deve-se perceber a condição de que toda ideia é um ENT, mas nem todo espírito possui somente uma única ideia. A complexidade do espírito quando pensamos em seres desencarnados é igual a complexidade da gama de suas ideias ou ENTs. Contudo o que vem primeiro: o espírito ou o ENT? Nenhum dos dois vem primeiro e parto para repetir o mesmo posicionamento quando pensamos sobre ideia e ação. Com uma diferença. O espírito humano por exemplo tem uma forma de permanência. Podemos imaginar essa forma pela forma do corpo, mas estou me referindo a um tipo de cola específica que tornam as ideias, mesmo diferentes entre si, partes de um mesmo aglomerado individualizado a qual é chamado de espírito. Contudo isso não significa que o espírito é de fato imortal, as ideias, o ENT é imortal já que não precisa de nada além dele mesmo para existir. O espírito se parte e deixa de ser a sua individualidade tornando-se vários ENTs espalhados e essa para mim é a segunda morte citada por Eliphas. A cola que une todos os ENTs é o que se chama por alma e o corpo físico vem das reações no plano físico e se transformam em âncoras para a atuação nesta realidade. Estas reações na realidade física são resultantes muitas vezes da interferência dos ENTs ou de grupos maiores de ENTs (egrégoras), e esta interferência(direção/lógica) chamo por "Clichê Astral".
Como falei na segunda morte, do mesmo modo há a continuação do espírito. Mas para que isso ocorra o mesmo deve ter consciência total de si ou ao menos ter um desejo(cola/alma) suficientemente forte para causar a permanência da forma espiritual. Disso advém a reencarnação e com ela todas as lógicas de Karma e Darma que estão intimamente relacionadas as qualidades dos ENTs que se guarda dentro. E a gama de todos os ENTs que um espírito pode possuir é tão infinita quanto o próprio universo visto que o ENT não sofre as leis do espaço.
Sendo assim, mesmo que ocorra a "segunda morte" as ações tidas e direções tomadas em vida criam assinaturas distintas (criam características distintas) nos ENTs que faziam parte deste espírito e portanto por meio de rituais ou chamados podemos alçar um ENT e estranhamente nos relacionar com o espírito, mas esta individualidade já não é mais como outrora apesar de poder reagir e trazer memórias específicas à tona.
Claro que todo esse pensamento não está levando em consideração a força de grupos espirituais, que podem intervir nessa deterioração da alma por meio da fé em grupo. No final quando espíritos compartilham de um mesmo pensamento a força gerada por intermédio disto é suficiente para impedir tais quebras. Até por que nada se demonstra contra a ideia de que mesmo após a quebra da alma os ENTs não venham a permanecerem juntos, ou mesmo encarnarem juntos pela força das ações tidas em vida.
Muito disso exposto aqui já foi trabalhado exaustivamente em outros textos meus, mas este se faz necessário para justamente compreende-los devidamente.
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